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A busca de um sonho

M.M.C.C

Salmo 30:1-5

  1. “Exaltar-te-ei, ó SENHOR, porque tu me exaltaste; e não fizeste com que meus inimigos se alegrassem sobre mim.
  2. Senhor meu Deus, clamei a ti, e tu me saraste.
  3. Fizeste subir a minha alma da sepultura; conservaste-me a vida para que não descesse ao abismo.
  4. Cantai ao Senhor, vós que sois seus santos, e celebrai a memória da sua santidade.
  5. Porque a sua ira dura só um momento; no seu favor está a vida. O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.”

Nasci num sítio há 40 minutos de Limoeiro, interior de Pernambuco. Era uma criança pobre que sonhava com uma vida melhor. Já na adolescência sonhava chegar à maioridade para poder trabalhar, ganhar meu dinheiro. Éramos muito humildes.

Meu primeiro contato com a Bíblia foi logo que aprendi a ler, na casa de uma tia: tia Totó (Esmeralda) que era testemunha de Jeová. Ia passar as férias na casa dela aqui em Recife e ela me dava um livro de histórias do Antigo Testamento para ler. Eu ficava encantada com aquelas histórias. Eu sempre acreditei na existência e poder de Deus. A semente lançada por tia Totó floresceu. Aceitei Jesus quando adulta.

Um dia fui indagada o que esperava da vida. Respondi: “três coisas: um emprego estável, uma casa própria e ser mãe”. Exatamente nessa ordem. Após o segundo grau estudei para concursos e vestibular. Passei nos dois. Meu sonho de consumo era aprovação no concurso de procurador do estado de PE. Era concurseira de carteirinha. Passei em alguns concursos que fiz mas meu foco era aquele cargo. Queria ajudar meus pais e tirá-los daquela vida. De difícil aprovação abria inscrição uma vez a cada seis anos.

Perseguindo esse projeto esqueci que o tempo passava e meu corpo envelhecia. Pensava que com o avanço da medicina envelhecer não era problema para ser mãe. Hoje mulheres de 40 anos estão jovens, saradas, mas seus óvulos não são mais jovens. Nascemos com uma quantidade “x” de óvulos que não se renovam. Eles envelhecem à medida que envelhecemos. A mídia mostra todos os dias mulheres de 50, 60 anos grávidas com a ajuda da medicina e temos a falsa impressão que podemos ser mãe a qualquer tempo. E podemos, mas não com nossos próprios óvulos. A mídia não fala esse detalhe que faz toda diferença. Mulheres com essa idade são mães através de ovodoação ou se congelaram seus próprios óvulos quando eram ainda jovens.

A primeira vez que tentei o concurso minha mãe faleceu dois meses antes da prova, e isso foi um baque para mim. Sentia as coisas fugirem do meu controle.

Também não fazia questão de casar. Menos ainda desejava ter alguma atividade na igreja, para mim isso “roubaria” meu tempo precioso que destinava, exclusivamente, a estudar para concurso. Meu marido, à época, noivo, dizia que queria ser pastor e eu lhe respondia: “não sei se quero ser esposa de pastor, o banco da igreja está muito bom para mim”. Deus não permitiu que eu alcançasse esse sonho, talvez porque seria uma porta bem larga para minha perdição. Era arrogante, autoritária. Minha profissão reforçava tudo isso. Meu primeiro emprego foi como escrivã de polícia civil. Foi assim que paguei minha faculdade. Hoje, graças a Deus, não sou mais.
Meu pai também faleceu tempos depois e passei um tempo com a cabeça bem ruim. Posso dizer que foi Deus quem me sustentou. Aprendi que o homem planeja, mas Deus é quem realiza. E se Ele não é prioridade na sua vida, Ele jamais realizará o que você planeja. Deus só vai realizar o seu sonho se Ele fizer parte desse sonho e for para Sua honra e glória, do contrário, é fracasso na certa. Deus não fazia parte do meu sonho. Eu queria ser procuradora do estado para minha própria glória. Ele me chamava para sua Obra e eu rejeitava. Queria alcançar o meu sonho, mas sem incluir Deus nele.

Como toda mulher moderna e mal informada, busquei em primeiro lugar meu lado profissional. Muitas mulheres fazem isso hoje. Deixam para ser mãe mais tarde.
Deus era realidade para mim, mas não prioridade. Vi moças do grupo de louvor da igreja serem aprovadas em vestibular de medicina na UFPE. E me perguntava: Por que eu não? Esqueci-me do:
“Buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6:33).Talvez pela minha postura, meu marido, noivo na época, cuidava de seu pai, sua mãe, sua tia, sua avó, que faleceram.

Depois de muito tempo e cabeçadas na vida, decidi casar em 2008. Já estava à beira dos 40 anos. De imediato, busquei a medicina para tentar engravidar. Sabia que não seria fácil, o que não sabia é que seria tão difícil. Procurei os melhores médicos aqui de Recife, duas cirurgias, três inseminações artificiais e uma fertilização in vitro (FIV) sem sucesso, e na última o médico me disse que eu só tinha 10% de chance de ser mãe com meus próprios óvulos e que o mais indicado para mim era a ovodoação. Eu não aceitei essa palavra. Estava exausta, decidi parar tudo e buscar ao Senhor. Só fazemos isso quando chegamos ao fundo do poço. E era ali que eu estava. Nos momentos mais difíceis Deus sempre usava alguém para falar comigo. Deus é fiel e nos ama em qualquer circunstância. Um dia estava me internando para fazer uma cirurgia e uma mulher que nunca vi se aproximou e disse que Deus estava lhe mandando me dizer: “Aconteça o que acontecer seu coração voltará a sorrir”. Nunca esqueci dessa promessa. Deus usa anjos.

Não tinha mais esperança, estava desiludida, angustiada. Só quem é mãe consegue entender o que eu sentia. Via todas as mulheres do mundo grávidas, parentes, amigas, artistas, e eu não. Perguntei a Deus o que Ele queria que eu fizesse na minha vida e estava disposta a obedecer. Decidi obedecer.

Houve um simpósio de Reprodução Assistida aqui em Recife que eu e meu marido participamos e eu voltei desse seminário desesperada. Uma palestrante expôs as estatísticas de sucesso das FIV’s de acordo com a faixa etária da mulher, eu quase enfartei. Após os 40 anos só 20,8% das mulheres que fazem FIV Com seus próprios óvulos conseguem engravidar, aos 41 anos 15% conseguem, aos 42 anos só 11% conseguem, aos 43 anos só 3% engravidam e aos 44 anos só 1,6% engravidam. E dessas que conseguem engravidar somente 10% ou 5%, de acordo com a idade, conseguem levar o bebê pra casa. Eu estava com 42 anos e o tempo ao meu desfavor. Fiquei desesperada. No dia seguinte estava orando e fiz um voto com Deus: se me desse um filho, não cortaria mais o cabelo na altura do ombro, como gostava de cortar, eu deixaria ele crescer e tiraria somente as pontas. Nem meu marido sabe disso.

Eu orava e pesquisava novos tratamentos na área de reprodução assistida, porque aprendi aqui com o meu pastor que Deus usa os médicos para curar e que a ciência é de Deus.

Nessa busca conheci uma clínica em São Paulo, o IPGO. A distância era um obstáculo. Obtive as melhores recomendações. Mas insistia para que Deus falasse comigo, não importava mais se era a melhor clínica e o melhor médico do país. Agora o importante era a vontade de Deus na minha vida e a obediência a Ele. Depois de três tentativas fracassadas aprendi que o que eu queria só Deus poderia fazer.

Fui para consulta com o Dr. Arnaldo e retornei a Recife mais confusa do que fui. Ele disse para mim: “não lhe prometo nada. Usamos uma técnica, fazemos o melhor, mas se vai dar certo ou não depende de Deus. Há algo que independe de nossa técnica, que foge do nosso controle. Quando a paciente me pergunta se ela vai conseguir engravidar eu digo para ela: ‘ore’.” Virou a tela de seu computador para mim e me mostrou um quadro de estatística dos riscos de eu ter um bebê com doenças genéticas em virtude da minha idade. Tipo assim: se uma mulher jovem tem 20% de chances de ter um bebê com síndrome de down, na minha idade as chances eram de 40%. E esse quadro enumerava várias doenças.

Estava muito confusa e convicta de que só Deus poderia operar um milagre naquela situação. Pedia a Deus um sinal, uma palavra de que deveria continuar com aquela “loucura”. No IPGO somos acompanhadas por uma enfermeira, que mantém todo contato e orientação conosco e, toda semana aquela enfermeira chamada Fernanda telefonava para mim. Perguntava como eu estava, se eu já tinha decidido iniciar o tratamento com eles, falava das possibilidades de sucesso que a clínica poderia oferecer, que o procedimento lá na clínica deles era muito diferente dos procedimentos realizados aqui em Recife, enfim, tentava me convencer a fazer o tratamento com eles. Eu estranhava muito esses telefonemas, porque essa clinica não precisava ficar correndo atrás de paciente, e era isso que ela estava fazendo comigo. Hoje vejo que aquela moça, Fernanda, foi um dos anjos que Deus colocou no caminho para me abençoar. Cada ligação que ela fazia para mim era Deus falando comigo.
Um dia fui a um culto e, caminhado pela rua, disse para Deus: “Fale comigo hoje naquele lugar”. Ao entrar no templo o pregador começou a falar de uma viagem que acabara de fazer para São Paulo e de como havia sido abençoado naquele lugar. Depois da pregação uma jovem foi louvar e o hino dizia: “campeão, vencedor, Deus dá asas, faz teu vôo…”.

Precisava eu ser débil para não entender o que Deus falava para mim. Decidi ir.

Após realizar vários exames e estar pronta para iniciar um tratamento que, após ser iniciado não pode ser interrompido, minha irmã que há dois anos lutava contra um câncer de mama teve uma grande piora e internou-se. Sabia que ela vivia seus últimos dias. Se eu iniciasse a medicação não poderia mais parar, tomaria remédios durante 15 dias e viajaria para coletar os óvulos e poderia minha irmã falecer sem que eu estivesse em Recife para sepultá-la. Foi um dilema para mim: adiar o inadiável ou esperar a morte da minha irmã. Na véspera do dia em que deveria iniciar a medicação, pela madrugada, ajoelhei-me e pedi uma palavra para Deus. Ele respondeu em Mateus 7:7 e 8: “Pedi, e dar- se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á.” E eu pedi para que Deus fizesse aquilo que eu não podia fazer, escolher entre um tratamento de FIV e estar presente na morte de minha irmã.

Fui dormir e acordei com um telefonema informando que minha irmã estava de alta. Fomos buscá-la, e, repentinamente, ela estava lúcida. Pregamos o evangelho para ela e se converteu. Na noite daquele dia iniciei o tratamento convicta de que Deus estava comigo. Cinco dias depois minha irmã faleceu salva em Cristo e eu prossegui com meu tratamento que funcionava assim: tomava toda noite, no mesmo horário, injeção no braço e na barriga, a cada três dias fazia USG para ver o crescimento dos óvulos e mandava o exame por email para São Paulo. O médico via o exame e retornava por telefone, por volta das 22h, mantendo ou alterando as medicações, de acordo com o que via na USG. 15 dias depois deveria ir a São Paulo coletar os óvulos. Num desses dias eu acordei pela manhã para pesquisar passagens de avião e, quando me levantava da cama Deus falou para mim: “ainda não será dessa vez”. Senti uma angústia muito forte. Quinze dias depois viajei para coleta dos óvulos, que ocorreu no dia 10.05.2012 (dia das mães e do aniversário do meu marido). Eram 4 óvulos. Mas, apesar de toda essa medicação, meu endométrio não engrossava. O meu não engrossava. O Dr. Arnaldo decidiu coletar os óvulos, formar os embriões e congelar, porque meu útero não tinha condições de recebê-los. Formaram-se 4 embriões: Um excelente, dois bons e um não tão bom.

Desembarquei no Recife na segunda feira seguinte ao domingo dia das mães, uma moça se aproximou e entregou-me uma rosa, um cartão e disse: “feliz dia das mães”. Era também o dia seguinte
do aniversário do meu marido. Aliás, todos os eventos importantes desse caso ocorreram próximo ou do meu aniversário ou do aniversário do meu marido. E acho que isso não é uma coincidência. É que esse bebê é um presente de Deus para nós.

No mês seguinte comecei a preparar o endométrio para receber os 4 embriões, no 3º dia da medicação fui fazer o ultrassom e enquanto esperava ser atendida me senti muito mal: frio, febre, dor no corpo, tosse com muita dor nas costas. Um RX mostrou pneumonia nos dois pulmões. Tive que parar tudo para tratar durante 3 meses uma pneumonia tão forte que o pneumologista suspeitou o tempo todo de tuberculose.

Recuperada, retomei a preparação do endométrio para receber meus 4 embriões. Apesar de toda medicação que tomei, meu útero não respondia, o endométrio não engrossava. Ao analisar meu último USG, o Dr. Arnaldo ligou para mim na tarde de uma 5ª feira. Eu estava no trabalho. Disse que eu deveria me submeter a um procedimento chamado “injúria endometrial”. Trata-se de fazer umas ranhuras no endométrio com um bisturi, para provocar uma inflamação que levasse ele a engrossar e ter condições de receber os embriões. Para isso eu deveria estar na clínica dele em São Paulo no sábado ás 9h da manhã, porque às 10h ele tinha que sair da clínica e fazer outro procedimento no hospital. Resumindo: eu tinha que viajar na sexta, de qualquer forma. Eu disse para ele: “Dr., eu moro em Recife”. Ele respondeu: “É a única alternativa”.

Sabia que ao chegar em casa à noite meu marido ia dizer que eu estava louca. Ele estava fazendo mestrado. Consegui as passagens para a sexta feira, 16h. meu marido tinha aula de manhã, enfim, chegamos ao aeroporto faltavam 15 minutos para as 16h. Fomos ao balcão da companhia aérea e a moça disse que ia tentar, mas o check in do nosso vôo já estava encerrado. Para surpresa de todos a aeronave ainda estava em solo. Ela falou com a aeronave através do rádio, fez nosso check in e nos mandou correr para o avião.

Parecíamos dois loucos naquele aeroporto. Embarcamos. Meu marido disse: “Só uma louca como você para me fazer passar por isso”. Quando nos sentamos o piloto da aeronave avisou: “senhores passageiros, estamos ainda com aeronave em solo porque aguardamos conexão de vôo que vem de Petrolina e está em atraso, solicitamos a compreensão de todos”. Respondi ao meu marido que tinha certeza que Deus estava naquele negócio e que o que estávamos passando havia de ter algum propósito.

Durante o procedimento de injúria endometrial o médico me perguntou há quanto tempo não fazia biópsia do endométrio (exame comum para quem se submete a FIV). Respondi que há 1 ano. Ele virou para a enfermeira e disse para ela não descartar o material que saíra do meu endométrio em virtude das ranhuras que ele fez, que o preparasse para enviar para biópsia. Queria investigar se eu era portadora de uma proteína chamada NK, que não permite que o embrião se fixe no endométrio. Se eu tivesse essa proteína, tomaria um remédio para neutralizá-la.

Retornei a Recife. Dias depois o Dr. Arnaldo me telefona informando que o resultado da biópsia do material das ranhuras era adenocarcinoma de endométrio. Na linguagem comum era câncer de
endométrio. Um tipo raro, incomum na minha idade, difícil de ser diagnosticado e muito agressivo. Geralmente, quando é descoberto já está em estado avançado. As palavras do médico foram: “agradeça a Deus por estar descobrindo ele numa fase tão inicial”.

Fiquei sem chão. Achei que ia morrer. O oncologista disse que o tratamento era cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Saí da sala do médico, chorando tanto que corri para o banheiro. Me olhei
no espelho e uma voz me disse: “Deus não te ama, ele não aceitou teu voto de não cortar mais o cabelo se te desse um filho”. Com a quimioterapia eu ficaria sem cabelos.

Minha angústia não era ter câncer e ter que tirar o útero; era ter câncer, ter que tirar o útero e ter 4 embriões para serem gerados. Precisei ir para o gabinete pastoral para arrumar minha cabeça e lembro bem das palavras do meu bispo: “se Deus quiser lhe dar um filho vai levantar uma pessoa que lhe empreste o útero para gerar esse filho”. Tomei posse dessa palavra.

Em 14.02.2013 fiz histerectomia total, retirei útero, ovários, trompas, linfonodos. Todos foram para biópsia. O resultado apontou que o câncer ainda não tinha avançado mais de 50% da cavidade uterina e esse era um fator fundamental no meu tratamento: por ele estar localizado em menos de 50% do meu útero, eu não precisava fazer quimioterapia. Faria apenas radioterapia, que não tem como efeitos colaterais a queda de cabelos. Senti como Deus me ama. Ele não havia recusado meu voto.

Agora tínhamos um novo desafio: encontrar alguém que cedesse seu útero para gerar meus embriões, o chamado útero de substituição.

Minha cunhada Lena se ofereceu de pronto. Ficamos felizes e agradecidos, mas decidimos potencializar a única e última chance de termos filhos biológicos: se eram 4 embriões transferir todos para um único útero era uma única chance. Transferir dois para dois úteros diferentes seriam duas chances. Decidimos então encontrar mais uma pessoa para transferir dois embriões para cada uma delas. Foram mais dois anos de oração. O Senhor enviou a irmã Marcia, uma amiga, sem nenhum vínculo de parentesco. Por se tratar de um procedimento duplo e simultâneo, os embriões seriam transferidos num mesmo momento para dois úteros diferentes e uma das doadoras não ser parente, era necessário autorização do Conselho Federal de Medicina de São Paulo (CREMESP).

A autorização foi solicitada pelo IPGO, e lá no CREMESP é realizado um processo administrativo no Conselho de Ética. Quando saiu a decisão foi autorizando apenas a transferência para minha cunhada. Recorremos da decisão justificando minha condição de não ter mais possibilidade de gerar óvulos em virtude de histerectomia decorrente de câncer, etc.,e o resultado do recurso nos foi favorável. O CREMESP autorizou a transferência para as duas doadoras.

A transferência dos embriões foi realizada no dia 03.11.2016 (meu aniversário foi dia 09.11).

Quando saímos para ir à clínica chovia e meu marido começou a cantar: “chuva de bênçãos, chuva de bênçãos do céu, gotas somente já temos, chuvas rogamos a Deus”.

Quinze dias depois fizemos o teste de gravidez nas duas. Com Marcia havia dado certo. Com vinte dias Marcia teve um sangramento muito forte, um descolamento de placenta muito grande e um alto risco de aborto. Era uma quinta feira e fomos ao médico de urgência. Na sexta feira vim à igreja no culto muito angustiada e ao entrar no templo o bispo pregava e dizia: “o seu Isaque está sendo gerado por Deus”. Só me lembro dessa frase. Foi como uma flecha que atinge o alvo. Tive convicção que teria meu filho nos meus braços e que faria parte daqueles 5% das estatísticas de mulheres que se submetem a FIV e levam seus bebês para casa. Depois Marcia teve placenta baixa, repouso absoluto, repouso moderado e só a partir do 5º mês de gestação a obstetra que nos acompanhava disse que meu filho não corria mais risco de aborto. Foi muita ansiedade e incerteza, só o que nos sustentava era a fé num Deus que é fiel para cumprir todas as suas promessas.

Foram 10 anos de luta. Muita oração e jejum por esta causa. Muitos oraram comigo.

No dia 20/07/2017 Wellington Filho nasceu com muita saúde e este é mais um milagre de Deus, que providenciou tudo: a obstetra, o hospital, a lei que me deu direito de registrá-lo no cartório sem processo judicial através do Provimento 52 de 14/03/16, do CNJ, os seis meses de licença maternidade e mais seis meses de licença prêmio.

Tudo sem processo judicial.

Tudo foi no tempo de Deus. Há tempo para tudo na vida. Tempo de plantar e o tempo de colher. Devemos ficar atentos a isso. Há o tempo de estudar, o tempo de casar, de ter filhos e o mais importante é estar na vontade de Deus. Orar e vigiar. Eu não me coloquei na vontade de Deus para minha vida. Eu me coloquei na minha vontade. Paguei um alto preço.

Eu pedi a Deus um filho para honra e para glória do Senhor, para que todos vissem a glória de Deus na minha vida, por isso deu certo.

Wellington Filho cresce na graça e no conhecimento da Palavra, hoje está com um aninho de vida e toda honra, toda glória, todo louvor e adoração sejam dados ao Senhor, para todo sempre. Amém!

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