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Até onde o câncer pode afetar a fertilidade da mulher?

Dr. Arnaldo Schizzi Cambiaghi – IPGO e Drª Amanda Alvarez

Atualmente as mulheres com câncer têm algumas opções para preservar sua fertilidade

Estudo recente da Universidade de Tel Aviv, em Israel mostrou que não existe diferença na resposta da estimulação ovariana em mulheres com câncer que se submetem ao procedimento para a preservação da fertilidade, para mulheres sem a doença na mesma faixa etária.

Preocupações sobre a resposta ovariana em mulheres com câncer, que decidem por preservar sua fertilidade começaram a surgir após alguns estudos mostrarem redução na concentração e na morfologia dos espermatozoides em homens com câncer pré-tratamento.

Atualmente as mulheres com câncer têm algumas opções para preservar sua fertilidade, sendo o congelamento de embriões e óvulos as melhores opções. Portanto uma garantia que terá uma resposta ovariana semelhante às mulheres sem a doença é mais um incentivo ao tratamento.

Este trabalho mostrou mesma resposta quanto à duração do tratamento, dose de gonadotrofina, número de folículos e oócitos aspirados. Também não houve diferença na resposta entre o grupo de mulheres com câncer. Mulheres com câncer de mama, sarcoma, câncer gastrointestinal e cânceres hematológicos tiveram os mesmos resultados.
Este trabalho enfatiza novamente a importância e eficácia do congelamento de óvulos e/ou embriões para pacientes com câncer pré-tratamento.

Almog B, Azem F, Gordon D, Pauzner D Amit A, et al. Effects of cancer on ovarian response in controlled ovarian stimulation for fertility preservation. Fertil Steril, 2012;98:957-60.

Uma nova alternativa para a preservação da fertilidade em meninas pré-púberes

Até onde o câncer pode afetar a fertilidade da mulher?

Um centro de reprodução humana em Nova Iorque, Estados Unidos, relatou o primeiro caso de preservação de oócitos em menina de 13 anos, pré-púbere, após estimulação ovariana. Até hoje meninas pré-púberes, que ainda não tiveram sua menarca, e iriam se submeter a tratamentos gonadotóxicos para o câncer, tinham apenas o congelamento de tecido ovariano como opção para a preservação da fertilidade. Com este relato, mais uma opção surge, e com resultados muito mais promissores para o futuro reprodutivo destas meninas, uma vez que a vitrificação, descongelamento e fertilização de oócitos já apresenta bons resultados, com boas taxas de gravidez no mundo enquanto a vitrificação de tecido ovariano ainda é uma técnica a ser aprimorada, com poucos casos de gravidez relatos após o seu descongelamento.

A dúvida que uma menina pré-púbere que ainda não menstruou, responderia à estimulação ovariana com gonadotrofinas, era um dos principais questionamentos para a utilização da técnica e pelo relato além de responder a medicação, apresentou resultados semelhantes a mulheres na menacme. Com isto a possibilidade de preservação da fertilidade em meninas que vão se submeter a tratamentos gonadotóxicos, com risco de perda da fertilidade, ganha mais uma alternativa e com algumas vantagens como não ser necessário cirurgia, ser um procedimento relativamente rápido e com resultados atuais referente às chances de gravidez no futuro mais promissora.

Reichman DE, Davis OK, Zaninovic N, Rosenwaks Z, Goldschlag DE. Fertility preservation using controlled ovarian hyperstimulation and oocyte cryopreservation in a premenarcheal female with myelodysplastic syndrome. Fertil Steril 2012;98:1225-1228.

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